terça-feira, 22 de janeiro de 2013

PASSAGENS DA VIDA: de dor e encantamento

Numa terra um pouquinho distante e ÁRIDA, desertificada pela intensidade demasiada do calor do sol
Num dia NUBLADO, quando a brisa estava BRINCANDO DE VENTAR … e REINVENTAR …


De repente e SEM QUERER ela esbarrou numa caixa (bonita, porém ABANDONADA)
E sem querer, sem perceber, … a brisa entrou.


A caixa tinha um IMENSO ESPAÇO vazio
E no fundo dela, a parte do fundo da caixa: GEMIA profundamente  de DOR


Alguém já viu uma caixa ter dor?
Caixa geralmente não tem terminações nervosas, logo..., não teria de sentir dor.
Mas essa caixa tinha.
E foi justamente isso, justo isso... que ENCANTOU a brisa.
Essa era uma caixa diferente
Uma caixa que SENTIA !!!


Alguém um dia … havia aberto a tampa da caixa e entrado.
Entrou... e fez um enorme ESTRAGO
Uma enorme BAGUNÇA!
Não preencheu os espaços vazios e MACHUCOU a ALMA da caixa.
Depois se foi, deixando a caixa DOLORIDA, a alma ARDIDA, mofo nas bordas e sem tampa (aberta e exposta).

Quando alguém tocava no mofo das bordas, sujava suas mãos.
Quando ardia a alma da caixa, o ardor era tanto, que em volta FAZIA ECO
E quem chegava ao fundo da caixa, via que o fundo era feito de um material muito fofo, acolhedor, sensível, mas...
Altamente MACHUCADO, DOLOROSO, SOFRIDO.


A brisa quando brincando de ventar, de repente e SEM QUERER, entrou na caixa e viu TUDO ISSO.
CUIDADOSAMENTE voltou para trás, se retirou e colocou-se cuidadosamente ao lado, mas, como que abraçando e acolhendo a caixa com carinho.
OLHOU para ela, PEDIU LICENÇA pra poder ficar ali pertinho mais um pouquinho, ou quem sabe, mais um tantão de tempo.

E todos os dias o ar da brisa girava e colocava um ventinho suave, tranquilo e carregado de sustâncias terapêuticas que ela soprava pra dentro da caixa CUIDANDO dela.


A brisa começou a SONHAR com o dia em que a caixa estaria sarada de suas feridas, sem dores, sem mofo, e pronta para a brisa entrar e brincar, se aconchegando juntinho dela ali, devagarinho e carinhosamente.
Este dia seria um dia em que a caixa e a brisa poderiam brincar, sorrir, se ABRAÇAR e se ACONCHEGAR sem dores, sem ardume, mas com ALEGRIA e CELEBRAÇÃO da VIDA !